sexta-feira, dezembro 17, 2004

Doçaria Portuguesa

Desde mui tenra idade que me lembro de quando com os meus pais, ia passar temporadas ao Ribatejo, e ao Algarve. Dessas surtidas, recordo-me com saudade dos “mimos” que me eram dados.
Nas viagens havia sempre paragens obrigatórias para recarregar baterias; se a viagem passasse por Santarém, havia os Pampilhos (bolo sobre-comprido, de massa mal cozida, com recheio à base de ovo, e as Pombinhas (uma espécie de pão doce, com forma de pomba rematado com duas passas à laia de olhos). Em Rio Maior, era o Pão-de-ló. Se por ventura a viagem fosse para o sul, as paragens efectuadas eram em Grândola (onde havia umas queijadas espectaculares), em São Brás de Alportel ou São Bartolomeu de Messines (docinhos de Amêndoa e D. Rodrigos).
Nem vou falar nos outros manjares, petiscos, e doçarias que conheço, provei, ou não... Regra geral, em Portugal as coisas ainda (felizmente) têm a componente tipicamente artesanal. O que não só proporciona uma mais-valia cultural, como para o palato.
Vocês neste momento, devem de estar a questionar:
Mas o que é que isto tem a ver com o que quer que seja???...”, ou “Lá está o gajo a falar de comida...” (por acaso já almoçava...).
Eu vou passar a explicar. Da última vez que fui a Santarém, Pombinhas já não há! Adquiri então uns Pampilhos; ao comê-los, notei que apesar de serem bons, havia ali falta... mudança... de qualquer coisa. Eram diferentes. Os que eu comia durante a minha infância eram mais saborosos. No Algarve, encontrei dificuldade em encontrar docinhos de amêndoa; INCRÍVEL!!! Quanto ao sabor, tive realmente a mesma opinião.
Estamos a perder qualidade na nossa culinária. Hoje parece que não consegue haver um equilíbrio sadio entre produção em massa e qualidade. A riqueza Gastronómica incomensurável do nosso país, tende a ficar cada vez mais reduzida à industrialização e hambúrgueres manhosos, acho que estamos a ficar mais pobres; não só nos bolsos, também na alimentação, mas principalmente da forma como defendemos (ou não) coisas que nos identificam como Portugueses.


Para tal vou contribuir para o nosso enriquecimento mental (e calórico), deixando-vos aqui uma receita tipicamente portuguesa:
TIGELADAS À TUGA”.

6 Ovos, 350g de Açúcar, 100g Farinha, 0,5l Leite, Raspa da casca de 1 Limão, Canela em pó, Sal fino (1/2 colher de café), Margarina para untar as tigelas.
12 Tigelas de Barro (+- 25cl).
Põem-se a aquecer no forno +- 12 tigelas de barro, previamente untadas com Margarina, durante 20min. a 200C.
Enquanto isso, numa taça funda, misturar o Açúcar, a Farinha, o Sal, a Canela em pó, a raspa do Limão, e juntar os Ovos. Adicionar o Leite, e continuar a mexer até ficar uma mistura homogénea, e sem grânulos.
Colocar o liquido resultante dentro das tigelas (ATENÇÃO – O liquido deverá ficar apenas até metade do recipiente, pois ele irá crescer!!!)
Deixar cozinhar entre 20 a 30min. e depois desse tempo, deixá-las a arrefecer fora do forno. Retirar das tigelas, e colocar no frio, torna as tigeladas mais apetitosas.

De qualquer forma,agora só me resta dizer: “BOM APETITE!!!

segunda-feira, dezembro 13, 2004

O que fazer em caso de tremor de terra

Como acho importante saber a forma de actuar perante uma situação tal, deixo-vos um link que poderá elucidar-vos um pouco.
Aproveito, para pedir desculpa aos nossos leitores e ao serviço de Protecção Civil, mas tinha sido anunciado anteriormente por mim, que o site não teria as medidas a executar.
Estando então reposta a verdade, resta-me concluir então com um enorme BEM HAJAM!!!